COMO FAZER UMA HORTA EM CASA
COMO FAZER UMA HORTA EM CASA
Como fazer uma horta em pequenos espaços urbanos
por Raquel Patro!
Na busca por uma vida mais saudável, livre de agroquímicos, a escolha por vegetais orgânicos e frescos é cada dia maior. Além disso, as pessoas tem buscado por soluções mais sustentáveis para suas rotinas, que reduza as idas ao supermercado, diminua o lixo e comporte os orgânicos no orçamento doméstico, visto que costumam ser mais caros que os convencionais. Não obstante essas vantagens, jardinar na sua própria casa ou apartamento é uma terapia ocupacional maravilhosa, ajudando a aliviar as tensões da vida urbana e aproximando as pessoas da natureza.
E você, o que anda cultivando em casa? Atualmente a desculpa da falta de espaço não pega mais. Podemos cultivar um jardim em mínimos espaços, e até mesmo com iluminação artificial. Já tá na hora de aderir à sua hortinha urbana, orgânica e gourmet, vamos às dicas principais?
1. Planejamento
Pense nos espaços possíveis dentro do seu apartamento, studio, loft. Onde você puder aproveitar a luz natural tanto melhor. Quanto mais horas de sol, mais opções de plantas para cultivar você terá. Os lugares preferidos para os pequenos cultivos são as janelas, seja do lado de dentro, sobre um aparador, ou do lado de fora em uma jardineira; as varandas, as sacadas, os terraços, os poços de luz, etc. Calcule pelo tamanho da planta adulta, qual o espaço que cada uma vai requerir e leve em consideração quais são seus vegetais favoritos. De nada adianta você cultivar lindas folhas de mostarda, se ninguém na sua família aprecia o vegetal.
2. Escolha os vasos e jardineiras
Já sabe qual o espaço vai plantar? Agora é hora de escolher os vasos. Pense que as raízes precisam de bastante espaço para se desenvolver, e geralmente elas apresentam um tamanho apenas ligeiramente menor do que a folhagem. Leve em consideração, que em vasos maiores, você poderá plantar mais de uma espécie, aproveitando as vantagens de plantas companheiras por exemplo.
Outra importante qualidade de vasos bem dimensionados, é que eles retém a umidade por mais tempo, reduzindo a necessidade de regas. Pense em adquirir vasos mais profundos do que largos, principalmente se pensa em cultivar raízes como cenouras, rabanetes ou beterrabas, em algum momento. Se você é uma pessoa que viaja muito, ou é daqueles jardineiros esquecidos, considere a compra de vasos autoirrigáveis, eles são perfeitos para hortaliças, ou invista num bom sistema de irrigação automática por gotejamento.
3. Faça uso de um bom substrato
O substrato é importantíssimo para o sucesso da sua horta. Ele é quem vai prover os nutrientes e o suporte necessário às plantas. Pense que um bom substrato é perfeitamente drenável, mas ainda assim tem partículas capazes de reter a umidade por um bom tempo. Ele é arejado e friável, permitindo as trocas gasosas, e o bom crescimento das raízes. Procure por substratos próprios para fazer crescer sementes e misture-os então com terra vegetal (composto orgânico) e húmus de minhoca. Evite utilizar apenas solo, que tende portanto a compactar rapidamente. Mas tenha em mente que mesmo os substratos a base de composto orgânico vão se compactando com o tempo e sendo consumidos. Sempre será necessário repor os substrato de tempos em tempos.
4. Os fertilizantes
Hortaliças e legumes costumam ter uma grande necessidade de fertilizantes e respondem muito bem à fertilização. Obtenha folhas verdes escuras e vigorosas, assim como raízes de bom calibre, com uma boa fertilização orgânica. Resista à tentação de utilizar NPK ou outros adubos químicos, visto que o objetivo aqui é obter produtos orgânicos, o mais naturais possíveis. Utilize estercos bem curtidos, húmus de minhocas, biofertilizantes, calcário de conchas, farinha de ossos, torta de mamona, torta de algodão, etc. Cuidado com os excessos. Ao usar fertilizantes com parcimônia, você evita moscas, mofos sobre o solo, entre outras surpresas desagradáveis. É melhor usar um pouquinho com mais frequência, do que um montão a cada ano. Aproveite a ocasião da remoção das culturas velhas, para repor o substrato e fertilizar o solo de forma mais intensa, revolvendo bem. Deixe descansar então por uma ou duas semanas antes de plantar novamente.
5. Luminosidade
A grande maioria das ervas e vegetais crescem bem com seis horas diárias de sol. Mas mesmo se você não tiver essa luz toda à disposição, vale à pena fazer testes. De qualquer forma, você sempre poderá cultivar brotos e baby leafs com pouca luz. Com pelo menos seis horas, você terá sucesso com folhosas em geral e até mesmo com babatas. Plantas que produzem frutos, precisam de muitas horas de luz, mais do que seis na maioria das vezes. Então, tomates, berinjelas, pimentões, morangos, pepinos, entre outros, vão ser mais produtivos em sacadas e terraços. Mas você sempre poderá fazer uso de iluminação suplementar artificial, com lâmpadas apropriadas para a fotossíntese.
6. Escolha entre mudas e sementes
É tentador comprar todas as plantas da sua horta no formato de mudas. Mas, tenha em mente que ao adquirir mudas você sempre estará na dependência da disponibilidade da floricultura ou garden center, além do que, vai descobrir com o tempo, que muitas mudas vendidas são de espécies que detestam o transplante. As plantas que produzem raízes por exemplo, não raro ficam mais fracas, ou com raízes deformadas se sofrerem com transplantes. Assim, comece com as mudas, para logo ver o resultado, mas a partir daí, faça suas próprias mudas, com sementes.
As sementes vem na maioria das vezes, livres de pragas e doenças, e você poderá fazer plantios sucessivos (um por semana por exemplo), para obter uma colheita distribuída ao longo do tempo como consequência. Escolha sempre sementes de plantas apropriadas para o plantio no período. Nada de comprar alfaces de verão para plantar no inverno. E, preste atenção nessa dica de ouro: Jamais arranque as mudinhas quando for fazer o desbaste. Espere as plantinhas crescerem um pouco mais e faça uma colheita de baby leaf, sempre com a tesoura, deixando as plantas remanescentes sem que se perturbe o solo e as raízes. Aproveite sua primeira colheita e faça uma deliciosa mini saladinha.
7. Aproveite os espaços verticais
Muitas vezes, em apartamentos, nos deparamos com uma parede que toma sol. Aproveite! Construa uma horta vertical. Seja com módulos próprios para jardins verticais, vasinhos de parede, canos de pvc, vasos pendendes ou até mesmo garrafas pet. Esses jardins ocupam pouco espaço e podem ser muito produtivos. Da mesma forma, se no seu prédio as janelas possuem gradil, você é então abençoado. Com vasinhos ou jardineiras na base, você pode plantar tomateiros, feijões-vagem, ervilhas entre outras espécies que gostam de subir sobre suportes.
8. Pragas e doenças
Não é porque você mora em apartamento, que está livre de pragas e doenças. Muitos bichinhos vem com as mudas recém compradas, outros vem voando pela janela mesmo.
A solução então é ficar de olho sempre. Pulgões, lesmas, lagartas e cochonilhas são os inimigos mais comuns. Infestações quando detectadas no início são muito fáceis de controlar, seja através da catação manual, seja, com o uso de inseticidas orgânicos e receitas caseiras. Mas caso já tenham tomado conta da horta, e não houver solução, destrua tudo sem dó. Dê então um tempo para a terra e comece novamente de preferencia respeitando a rotação de culturas. Não esqueça de colocar em quarentena as mudas recém compradas.
Fonte:- https://www.jardineiro.net/como-fazer-uma-horta-em-pequenos-espacos-urbanos.html
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Obrigado. Carlos Freire – Editor
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